A Propaganda como fonte de diversidade.

Em 21 de março, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down, é um dia em que podemos parar para refletir sobre a inclusão, respeito e vida de pessoas portadoras da síndrome. Existe ainda hoje, a crença que pessoas com síndrome de down são incapazes de fazer alguma coisa e nosso objetivo é acabar com essa crença limitante.

A propaganda sempre foi usada para mudar o mundo, seja ela de forma direta ou indireta, e tem a capacidade de fazer com que as pessoas repensem seus atos, ações e costumes, por isso, é tão importante a propaganda educacional, aquela que faz com que as pessoas consigam realmente levar alguma lição, ensinamento para toda a vida.

Um dos diferenciais da propaganda é, também, gerar identificação. Dentro desse campo há ainda hoje muitas falhas já que, majoritariamente, vemos a tradicional família de margarina nas campanhas de televisão. Famílias inteiras compostas por pessoas brancas, de classe média alta e sem nenhuma necessidade especial, mesmo que essa não seja a realidade do brasileiro.

Está presente na maioria das pessoas o medo do novo, do desconhecido, do diferente. A única forma de amar e respeitar algo ou alguém é quando reconhecemos nele similaridades ou o conhecemos e, por isso, é tão importante que tenhamos uma grande diversidade dentro da nossa mídia. Precisamos de mais pessoas negras, LGBTQIA+, pessoas que possuem síndromes, deficiências e doenças que ainda são alvos de tabus sendo bem representadas.

A propaganda feita pela Johnson & Johnson para o dia das mães em 2017, fruto da agência DM9 (atualmente SunsetDDB), que também é a responsável pelo famoso comercial do Carlinhos na década de 90, veio mostrando que todos têm espaço, todos precisam e merecem ser representados.

Propaganda essa, que comoveu a internet e trouxe diversas reflexões acerca do tema, que não era muito falado até pouco tempo atrás. As pessoas que possuem qualquer tipo de deficiência ou síndrome sempre sofreram ataques da sociedade, que os excluía e segregava e precisam cada vez mais de espaço, lugar de fala, destaque e representatividade.

Na propaganda da Oi, em toda conclusão havia uma criança que aparecia dizendo ‘’oi’’, de forma discreta mas que com certeza trouxe muita alegria para aqueles que se sentiram representados, Iara, aparece sendo a criança da vez em 2010.

O quão importante é olhar para televisão e ver pessoas que se parecem com você, ou tem a mesma deficiência, de certa forma é um ato de acolhimento, crianças com síndromes podendo ver que ser diferente é ser único. Além disso, a propaganda possibilita para a sociedade enxergar a inclusão como uma maneira de respeitar e aceitar a diversidade.

Precisamos cada vez mais falar sobre esse assunto, para que as pessoas portadoras da Síndrome de Down e diversas outras síndromes e deficiências possam se sentir incluídas, respeitadas e representadas de uma forma digna e válida e não através de sátiras e conteúdos ofensivos.

Referências:

http://www.educandotudomuda.com.br/tag/lucca-berzins/

https://www.inclusive.org.br/arquivos/16131

https://www.oxfam.org.br/blog/importancia-da-diversidade-a-representatividade-na-sociedade/

https://www.deficienteciente.com.br/lucca-o-primeiro-bebe-propaganda-com-sindrome-de-down-no-brasil.html

Respostas de 2

  1. Excelente artigo, pois traz em seu contexto de forma coerente e real q as diferenças seja de qualquer forma deve ser acolhida e assistida em seus direitos por parte da sociedade como um todo. Parabéns a Eloisa Dias Vieira q nos enriqueceu com essa postagem e conteúdo.

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