Oie, hoje vou falar sobre os 100 anos de Bauhaus com a sua crescente influência no design gráfico e arquitetura. A universidade de Design e Belas Artes, fundada em 12 de abril de 1919 pelo arquiteto Walter Gropius (primeiro diretor de Bauhaus pós Primeira Guerra Mundial), e era voltada para as áreas de artes & ofícios, arquitetura, belas artes e design.
A Staatliches Bauhaus (em português – casa estatal de construção) foi estabelecida em Weimar, como resultado da fusão da Academia de Belas Artes com a Escola de Artes Aplicadas de Weimar, com o objetivo de incentivar as relações entre os artesãos, os artistas modernos e a indústria. Durante os anos da guerra, a escola permaneceu fechada e, somente após seu término que Gropius foi confirmado como novo diretor.
“Em um ambiente, além de libertário, experimentador, estudantes e professores, incluindo estudantes que viraram professores, entregaram às artes, ao design e à arquitetura do mundo uma linguagem estética e conceitualmente inovadora. Um movimento que aconteceu em consonância com demandas de uma sociedade cada vez mais urbana e industrial, de massas. Bauhaus virou sinônimo de um olhar prático e modernista, identificável por lajes planas e formas retangulares. Mas também de um olhar generoso, em que a estética não se eximia de sua dimensão política e de seu papel no progresso da sociedade.”
Revista Fórum: 100 anos da Bauhaus, a icônica escola fechada pelos nazistas sob pretexto do “Marxismo Cultural”
Seguindo a linha de raciocínio abrangente de Bauhaus, movimento participante da linha do tempo de design gráfico (História do Design Gráfico, Philip B. Meggs), pode-se notar que tanto a cultura, arquitetura, design industrial e gráfico sofreram grandes impactos do peso colossal do movimento bauhausiano.
Existem diversas maneiras de se fazer um design. A combinatividade de elementos pode desencadear um conceito completamente inovador para uma peça gráfica e a influência de Bauhaus apresenta angulações precisas, linhas retas e limpas que demonstram a elegância da funcionalidade nata entre arte e ofício que podem fazer com que seu trabalho exceda esteticamente. Seus motivos de simplicidade e o “menos é mais” vieram à tona após uma época de inicialização do relacionamento de homem & máquina (Revolução Industrial), pois os objetos mal resolvidos em relação à forma e à função destacou a necessidade do público-alvo mudar completamente.
O novo olhar que Bauhaus trouxe para o mundo arquitetônico e cultural é gigante: a escola virou sinônimo de um olhar prático e modernista – identificável por lajes planas e formas retangulares. Mas, também, de um olhar generoso em que a estética não se eximia de sua dimensão política e de seu papel no progresso da sociedade.
Bauhaus foi fechada pelo governo nazista em 1933, que tinha como princípio o conservadorismo e combatente do “Marxismo Cultural”, cujo objetivo seria converter, a partir de valores culturais, a sociedade em um modelo comunista. Após o fechamento da escola, a maioria dos membros da Bauhaus emigrou principalmente para os Estados Unidos e inspirou uma nova geração de arquitetos e designers em suas respectivas áreas profissionais com seu conhecimento adquirido em Bauhaus, e com isso, marcaram as gerações culturais e arquitetônicas dos EUA.
ATUALMENTE
Bauhaus foi reaberta como universidade na década de 1990, sendo hoje, uma das mais conceituadas e internacionalizadas universidades da Alemanha. Tem alunos de cerca de 70 países.
“O legado da Bauhaus em 100 anos conduz o roteiro por quatro cidades e por um dos mais instigantes capítulos da vida política e cultural da Alemanha e do século 20 no Ocidente.” – O Estadão