Em um momento em que a sala de estar é o principal ambiente no cotidiano, quais são as alternativas para quem trabalha com publicidade levar sua informação até o consumidor?
Como as práticas de isolamento e distanciamento social foram até então o método mais efetivo de prevenção ao COVID-19, é natural que a maior parte das pessoas ao redor do globo aderissem as mesmas. Nesse cenário que temos vivenciado, junto com a popularização do home-office, e a disponibilização de aulas a distância por grande parte das instituições de ensino, a realidade de muitos passou a se resumir nas dependências da própria casa.
Como isso tem afetado o setor de Publicidade e Propaganda?
Sem o fluxo comum de pessoas nas ruas para verem cartazes, outdoors, painéis e todo tipo de ação publicitária exterior, o profissional da área de marketing ou publicidade e propaganda se viu em uma situação a princípio desfavorável. O que por sua vez acabou se refletindo na indústria.
Durante o primeiro trimestre desse ano no Brasil houve uma queda de 22,3% no setor de publicidade segundo dados do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão). Quando observamos o cenário no exterior as expectativas também não parecem otimistas. Existe a previsão para que no ano de 2020 ocorra uma baixa de 8,1% no mercado de publicidade mundial, ou seja, o equivalente a cerca de 50 bilhões de dólares.
E quais são as alternativas então?
Isso por sua vez acabou levando publicitário a repensar sua área de atuação e o modo de exercer sua profissão. E diante desse cenário a principal alternativa em que esses profissionais tem apostado é o marketing digital.
Desde a interação com o público de determinado negócio ou empresa nas mídias sociais até a produção de anúncios específicos redirecionados para o ambiente virtual onde estão os clientes, os publicitários e envolvidos com o mercado de marketing tem cada vez mais criado e desempenhado novas funções relacionadas ao mercado digital.
Supervisionar redes sociais, interpretar as interações com o perfil da empresa, analisar os dados de compras feitas on-line e planejar estratégias de marketing virtual e outros; todas essas são novas funções que além de se provarem de grande valor pra todo e qualquer empreendedor também prometem se tornar fortes aliados de alguém que esta interessado em uma vaga na área.
Logo por mais que a princípio o cenário para o publicitário em 2020 pareceu ser negativo, diversas possibilidades novas surgiram e grande parte delas forçaram uma readequação do profissional. Mesmo que o mercado digital não apague ou substitua os meios tradicionais de propaganda, é fato de que ele existe e necessita de profissionais capacitados, e isso pode ser decisivo na hora de procurar um emprego.
A TV aberta e a pandemia
A televisão nesse contexto também aparece como um dos favoritos. Mesmo após diversas inovações tecnológicas no âmbito da comunicação ela continua sendo o principal meio de conquistar novos consumidores segundo pesquisa publicada pela Neustar em 2017.
E essa não é apenas uma realidade internacional, já que emissoras como a Globo costumavam pontuar cerca de 40 à 50 pontos em audiência em dados disponibilizados ao público no período pré-pandemia. Com o isolamento social esses índice é extremamente passível de ainda obter um significativo aumento durante 2020.
E isso se torna uma ocasião ainda mais oportuna quando mais pessoas tem acesso a tv do que a internet por exemplo, realidade essa que define atualmente o Brasil. Segundo o IBGE em 2020, cerca de 169 milhões de brasileiros possuem acesso a internet, enquanto 207 milhões possuem pelo menos 1 aparelho televiso em casa.
Portanto, aliar mídias digitais e televisas durante esse período pode ser o diferencial na hora de procurar uma vaga no setor de publicidade. E com certeza o profissional que investir no desenvolvimento de habilidades relacionadas a esses setores vai estar em vantagem na hora de concorrer no mercado de trabalho.