Fundada em 2013 por A.G. Cook, o “PC Music” transformou a indústria ao apresentar uma nova faceta da música pop.
Caracterizada por produções compostas pelo uso excessivo de sintetizadores e elementos eletrônicos com influências da música pop japonesa e coreana que resultam numa interpretação surrealista do gênero, suas obras se concentram em pólos opostos que eventualmente se encontram, o primeiro se baseia num conceito constituído por sons cintilantes e melodias doces, já o segundo usa-se de graves que incorporam um aspecto industrial a composição.
Ao decorrer de sua popularização, o “PC Music” tornou-se não apenas um selo mas um movimento, visto que apesar da singularidade de cada artista e de seus trabalhos, formam um contexto conciso ao observá-los como uma unidade, colaborando entre si em diversos momentos.
Além de seu fundador, o grupo colaborativo possui nomes como Danny L Harle, EasyFun, Hanna Diamond, Kane West, pseudônimo de Gus Lobban, integrante da banda Kero Kero Bonito, GFOTY, além de associados tais como Clairo, Caroline Polachek, Carly Rae Jepsen, e Charli XCX, esta responsável por propagar o movimento, através de seu EP “Vroom Vroom ”, produzido por SOPHIE, outra afiliada que ganhou notoriedade com seu álbum de estreia “ Oil of Every Pearl’s Un-Insides ”, e participação de A.G. Cook.
Descrito por Clive Martin, da revista “Vice”, como “Uma composição lúdica de sons e gêneros”, o movimento gera personalidades cuja manifestação se fundamenta através do limite entre o real e o fictício, uma vez que Cook afirma que seus atos são melhor compreendidos não como indivíduos mas como “ obras de arte de longa duração meticulosamente planejadas”. Ocasionalmente adotando componentes corporativos como a propaganda e o modelo consumista de maneira crítica e satírica, idealiza-se o pop como conceito. QT, ou Quinn Thomas, é um exemplo da concepção promovida pelo coletivo, uma vez que sua imagem se fundamenta na promoção de uma bebida semi-fictícia chamada “ DrinkQT ”
Análogo ao título, o “PC Music” explora a consciência através da artificialidade, a psique por trás da máquina e inova ao apresentar algo familiar sob uma nova óptica.