Transtornos do Espectro Autista são distúrbios do neurodesenvolvimento, é um problema psicológico que se caracteriza por deixar o indivíduo com dificuldade para se comunicar e se expressar, complicações na aprendizagem, isolamento e várias outras características. O diagnóstico costuma ser identificado na infância entre um ano e meio a três anos, podendo também aparecer nos primeiros meses de vida.
O que muitos não conhecem é que com o tratamento correto é possível que essas pessoas tenham uma vida normal, trabalhando, estudando e estabelecendo relações sociais. Contudo o tratamento não garante que o transtorno acabe, mas sim grandes avanços no dia a dia. Existem vários outros tipos de distúrbios no TEA como Síndrome de Asperger, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e Transtorno Autista Desintegrativo da Infância e cada um deve ter sua atenção necessária.
Por apresentarem dificuldade na comunicação e em manterem vínculos tanto sociais quanto afetivos, as pessoas se afastam automaticamente, principalmente por preconceito e pela dificuldade de se comunicar e entender as pessoas portadoras do transtorno. Apesar disso eles merecem ter chances, tanto de estudar, trabalhar quanto de fazer qualquer outra coisa.
Falamos tanto de como a comunicação é importante e não paramos para pensar como devemos nos aproximar e ajudar quem está dentro do espectro autista. Existem outros métodos para que eles se comuniquem como sistema de comunicação de troca de gravuras, linguagem de sinais, entre outros. Para saber qual é o melhor método é preciso conversar com o fonoaudiólogo.
Um método alternativo de comunicação utilizado com crianças que têm TEA é o PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Figuras), que usa a troca de figuras ou fotos em um caderno ou painel. Com ele a criança consegue informar o que ela está querendo no momento. Cada figura indica um pronome, substantivos ou adjetivos. Ela pode comunicar que quer brincar com um certo objeto, esse método estimula o aparecimento e o desenvolvimento da vocalização da criança.
Sobre essa outra forma de comunicação podemos ver e analisar a série original Netflix, Atypical. Nela podemos ver como o comportamento, as reações às situações diárias e o convívio são diferentes das pessoas fora do espectro. O protagonista é um adolescente com autismo, ele procura sua independência, mas sempre se depara com algumas dificuldades nesse caminho.
Ao vermos a série podemos repensar sobre diversas concepções que temos acerca das pessoas com o TEA e assim abandonar nossos julgamentos preconceituosos, só dessa maneira seremos capazes de compreender e respeitar aqueles que merecem um tratamento igual ao que recebemos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
www.saberautismo.com.br/portal/blog/autismo-e-comunicacao-porque-o-fonoaudiologo-e-importantei